sexta-feira, 1 de julho de 2011

A decepção dos anjos (parte 11)

Portugal sempre teve bons pintores, porem a pintura de José Malho seduz-me particularmente pelo seu modo impressionista de pintar os temas de paisagem e costumes, acima de tudo pelas tonalidades e a luz. Em cada uma das suas obras está o nosso Portugal, a nossa gente... a nossa luz e cor.
Neste meu novo trabalho (parte11) as perspectivas dos edifícios foram abertas para ficarem enquadrados com uma das obras de José Malhoa. Depois foi um tal pintar aqui e ali, utilizando muito a ferramenta CutOut do photoshop ate conseguir um efeito mais abstracto, distorcido e quase imperceptível em relação ao original do José Malhoa.
Eu chamo-lhe: "Promessas do Povo" mas tenho quase a certeza que estou a inventar...:-) Só sei que me deu para isto sem saber bem como explicar, sinto que é diferente, mas não sei se terá o impacto visual nos outros como aquele que sinto dentro de mim.Digamos que é a minha pequena obra, aquela que guardarei na gaveta, aquela que não é para mostrar a ninguém, excepto a mim mesmo.:-)

3 comentários:

  1. O modo como cada um de nós olha para uma Obra de Arte varia de pessoa para pessoa.

    Eu prefiro, confesso,estéticas uniformes, mas trata-se somente do meu gosto pessoal e porventura das minhas características idiossincráticas.

    Tecnicamente, este Teu Trabalho está muitíssimo bom, e é natural que haja espectadores que prefiram a conjugação estética que conferiste com a junção da obra de José Malhoa,traduzido no plano inicial da imagem.

    Instintivamente, no entanto, preferiria que este Trabalho estupendo tivesse a tal unicidade estética de que Te falo. Mas, sublinho, trata-se apenas da minha actual preferência estética.

    Seja como for,o Teu denodo e aprimoramento são patentes e é um privilégio poder vir aqui admirar-Te...

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  2. Vês como é muito importante para mim que me "puxes" as orelhas quando começo a desviar-me do caminho da formula do santo Graal?!!!
    No entanto, também senti que me afastei da "unicidade estética" de que me tens vindo a falar, senti verdadeiramente que não é esta a via, mas por alguma razão tive de arriscar, talvez para descobrir uma forma de dar continuidade á sequência. Preciso por vezes de mostrar-te outras coisas para aprimorar a formula...;-)
    Tenho por exemplo uma imagem com o Nal ao fundo em forma de Anjo e que também sinto que vou precisar de a expor aqui, nem que seja para me dizeres que estou novamente a desviar-me da formula secreta. É que para alem do NAl também criei um novo tipo de textura que ate acho muito interessante e... olha, vou inserir a imagem aqui mesmo e depois falamos, ok? ;-)

    Meu bom amigo Gil, sei que sentes muito prazer em ver algumas coisas que crio, mas gostaria muito que soubesses que se porventura não puderes comentar por razoes que só a ti pertencem, eu compreenderei perfeitamente e não será por isso que deixaremos de ser amigos. Pelo contrario a amizade que nutro por ti é muito forte e não tem nada a ver com as dicas que me me vais expondo aqui e noutros sítios. Por isso quero que te sintas á vontade, mas também sei que não preciso de dizer-lo.

    Bem haja por existires.

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  3. Fica tranquilo,pois estou à vontade e comento, não porque me sinta compelido, em função da nossa Amizade, mas porque gosto muito de Te transmitir as minhas opiniões.

    Eu gostei bastante deste Teu Trabalho, embora tenha a preferência estética que já te dei a conhecer.

    Mas segue o Teu próprio Caminho, pois é essa diferença que nos torna seres singulares.

    Em " Através do Vidro" já te tinhas abalançado à " empreitada" mais difícil que é reunir harmoniosamente elementos díspares.

    Mas o certo é que nesse Trabalho conseguiste realizar algo extremamente difícil e problemático de forma muitíssimo talentosa...

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